Rio, 15/3/2005 (Agência Brasil - ABr) - O prefeito de Nova Iguaçu, Lindbergh Farias, disse que vai pedir ajuda do governo federal para acabar com o que chamou de "máfia" existente no Hospital da Posse, administrado pelo município da Baixada Fluminense. Segundo ele, o secretário municipal de Saúde, Valcler Fernandes, já foi ameaçado de morte e, nos últimos cinco anos, quatro pessoas morreram na unidade, "vítimas dos bandidos que atuam lá".
"Precisamos da ajuda do governo federal no Hospital da Posse para impor força, porque nós temos que desmantelar esses setores que têm uma relação extremamente perversa com a lógica da saúde", disse Farias. "Colocamos na direção do hospital uma equipe de cinco mulheres cujo trabalho no Hospital de Volta Redonda foi elogiado nacionalmente. Falta, agora, uma discussão com o governo federal para ver como a gente combate máfias que existem na Posse e na saúde da Baixada", informou.
Dois dos esquemas utilizados pela "máfia" seriam a retenção do seguro de acidente de trânsito, em vez de repassá-lo às vítimas, e a manutenção de contratos irregulares para a prestação de serviços. Uma funerária também participaria do esquema, já que a empresa detém o monopólio desses serviços em Nova Iguaçu e cobra uma taxa de R$ 600 para remover um corpo do Hospital da Posse.