Fortalecer o desenvolvimento rural sustentável é prioridade do Condraf em 2005

15/03/2005 - 19h52

Danielle Gurgel
Da agência Brasil

Brasília - O Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável (Condraf) realizou nesta terça-feira reunião para definir a agenda de trabalho de 2005. O conselho estabeleceu como ação estratégica a continuação dos debates sobre o desenvolvimento rural sustentável no país. "Temos a missão de estimular, apoiar e fortalecer a agricultura familiar, que é um modelo agrário mais democrático", declarou o ministro do Desenvolvimento Agrário e presidente do Condraf, Miguel Rossetto.

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, disse durante o encontro que desenvolver o setor rural com sustentabilidade é um grande desafio para um país com a dimensão e com as riquezas naturais do Brasil. Ela disse ainda que, em 2005, o problema do desmatamento na Amazônia será mais controlado. A devastação da Amazônia cresceu 28% entre 2001 e 2002. Já no período entre agosto de 2002 e agosto de 2003, a taxa de desmatamento da Amazônia cresceu 2%, em relação à primeira aferição.

"Vamos dar continuidade às políticas. Até o final de março, as bases operacionais de vários municípios no arco do desmatamento estarão implementadas." A ministra destacou que o trabalho nessas áreas será realizado pelo Ibama, Polícia Federal, Polícia Rodoviária, Exército e pelo Ministério do Trabalho.

Durante a reunião, também foram apresentados os resultados de uma pesquisa da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) sobre o Produto Interno Bruto (PIB) da agricultura familiar. O estudo mostrou que, apenas em 2003, a atividade foi responsável por 10,1% (R$ 156,6 bilhões) do PIB do agronegócio. Em 2002, essa participação correspondia a 9,3%. O desempenho positivo em 2003 contribuiu com 0,9% no crescimento da economia brasileira.

A reunião do Condraf foi transmitida por videoconferência para pelo menos dezoito assembléias legislativas estaduais. O Conselho é presidido pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário e composto por 19 membros do governo e 19 de movimentos sociais da sociedade civil organizada.