Arthur Braga
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – O Secretário Estadual da Justiça de São Paulo e Presidente da Fundação do Bem-Estar do Menor (Febem), Alexandre de Moraes, comandou nesta madrugada a substituição
de 550 funcionários de 39 unidades na capital, que ameaçavam entrar em greve. Segundo a assessoria de imprensa da Febem, 387 novos funcionários que começaram a trabalhar foram treinados para a função de agentes de segurança. O objetivo é testar a eficiência na troca de funcionários em caso de greve.
A entidade disse que o movimento de greve anunciado pelo Sindicato dos Funcionários da Febem é ilegal, e que a ameaça dos antigos funcionários de trancar os menores nas unidades por conta da paralisação dos serviços, é desumana. Com a decisão da direção da Febem, o sindicato dos funcionários antecipou a paralisação da categoria, prevista para a terça-feira (18) e decretou greve por tempo indeterminado, mas o presidente da entidade adiantou que quem entrar em greve será demitido.
A direção da Febem anunciou outra mudança: os agentes de segurança terão pouco contato com os internos. O mais próximo ficará a cargo dos educadores, que serão responsáveis
pela orientação pedagógica. Nessa semana, a Promotoria da Juventude denunciou maus-tratos por parte dos funcionários da Febem. Na quinta-feira, a Justiça decretou a prisão de 23 funcionários suspeitos das agressões. Eles foram indiciados por crime de tortura e formação de quadrilha. Desse grupo, 16 estão presos, e a polícia procura outros sete.