Porto Alegre, 11/1/2005 (Agência Brasil - ABr) - O governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto, anunciou nesta terça-feira, que 145 novas empresas de médio e grande portes se instalaram ou ampliaram os empreendimentos que já mantinham no Estado, nos dois últimos anos. "São R$ 14 bilhões de investimento e há outro tanto em fase de decisão. Isso é progresso, é infra-estrutura e é, especialmente, demanda de energia", disse Rigotto ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante a inauguração da Usina Hidrelétrica Monte Claro, da Companhia Energética Rio das Antas (Ceran), em Veranópolis, na serra gaúcha.
O governador ressaltou que a entrada em operação da primeira turbina da Usina, que foi acionada pelo presidente, representa economia de 65 megawatts (MW) nas importações de energia pelo Rio Grande do Sul, ou de R$ 25,5 milhões por ano. "Em fevereiro, quando será inaugurada a segunda turbina, também de 65 MW, o equivalente ao consumo de uma cidade com 180 mil habitantes, a economia projetada passará a R$ 51 milhões", explicou, na solenidade acompanhada por 1,5 mil pessoas.
Segundo Rigotto, a capacidade de atendimento do Rio Grande do Sul é de 4.615 MW e a demanda máxima, que foi de 4.216 MW no dia 14 de abril de 2004, deverá alcançar a marca de 4.382 MW em março. "Tais números mostram que o Estado está a dois anos de atingir sua capacidade máxima. Torna-se imperioso que se garanta uma série de obras para que o abastecimento se preserve de forma segura nos próximos anos", afirmou. Ele disse ainda que a auto-suficiência é um objetivo a ser alcançado, uma vez que os gaúchos ainda têm que buscar fora 34% da energia que consomem.
Rigotto fez ainda uma avaliação da diversificação da matriz energética do Estado e dos projetos viáveis e de grande repercussão econômica para o país, onde serão investidos mais de US$ 2 bilhões. São projetos de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), gás, jazidas de carvão, energia eólica, biomassa, Candiota III e Seival, além da retomada de Jacuí e a viabilização da obra da Usina Hidrelétrica Binacional Garabi, com 1,8 mil MW, que vai gerar 10 mil empregos na construção e 30 mil indiretos, com US$ 2 bilhões de investimentos.