Brasília, 11/1/2005 (Agência Brasil - ABr) - A pesquisa divulgada hoje pelo Instituto Sensus sobre preferência de votos para a presidência da Câmara dos Deputados revela que o deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP) perderia em todas as simulações de intenção de voto nas eleições previstas para 14 de fevereiro. A pesquisa foi encomendada pelo Movimento Câmara Forte, que defende a candidatura de Virgílio Guimarães (PT-MG) para a presidência da Casa.
A pesquisa ouviu 264 parlamentares entre os dias 5 e 7 de janeiro e do total, 34 se recusaram a responder. A bancada do PT não foi consultada. Dos partidos da base aliada, o único que dá a vitória a Greenhalgh contra Virgílio Guimarães (PT-MG) é o PCdoB.
Questionada sobre o candidato da preferência, a maior parte da base aliada (55,8%) manifestou apoio a Guimarães, enquanto 13% elegeriam o parlamentar paulista, 19,5% disseram que o voto depende da intenção do partido e 2,6% responderam que não votariam em candidato do PT. Indecisos, brancos e nulos totalizaram 9,1%. Dos parlamentares que não pertencem aos partidos aliados, 46,1% preferem Virgílio Guimarães e 10,5%, Greenhalgh. Para 21,1%, o voto depende da decisão do partido.
Foram feitas também sete simulações para um possível segundo turno. Em quatro delas, o deputado paulista perde para José Carlos Aleluia (PFL-BA), Severino Cavalcanti (PP-PE), Michel Temer (PMDB-SP) e José Múcio Monteiro (PTB-PE). Já Virgílio Guimarães venceria nas três simulações feitas contra Aleluia, Cavalcanti e Temer.
A maior rejeição é ao nome de Michel Temer (41,7%), seguido por Greenhalgh (39,1%), Aleluia (36,5%), Múcio Monteiro (35,7%), Cavalcanti (27,8%) e Guimarães (9,6%).
O presidente do Instituto Sensus, Ricardo Guedes, disse que se fosse eleição para um município, os resultados estariam "liquidados" e a vitória seria de Virgílio Guimarães. No entanto, Guedes disse não saber como questões políticas podem afetar o voto individual.
O deputado João Leão (PL-BA), um dos coordenadores do Movimento Câmara Forte, revelou que a pesquisa custou R$ 12 mil, pagos por doações de 58 parlamentares, no valor R$ 200,00, cada.