Centros Irradiadores de Manejo da Agrobiodiversidade beneficiam 3,5 mil famílias assentadas

11/01/2005 - 19h35

Brasília, 11/1/2005 (Agência Brasil - ABr) - Cerca de 3,5 mil famílias de assentamentos da reforma agrária serão diretamente beneficiadas com os Centros Irradiadores de Manejo da Agrobiodiversidade (Cimas). Até o momento, 11 Cimas foram criados e funcionam desde dezembro nos estados do Paraná, Goiás, Maranhão, Ceará, Rio Grande do Norte, Espírito Santo, Pernambuco. Há também dois centros no estado de São Paulo e dois no Rio Grande do Sul.

Os Cimas resultam de parceria entre o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e o Ministério do Meio Ambiente, com investimento total de R$ 5 milhões – R$ 2,5 milhões para cada. A idéia é atender todas as regiões do país até o final de 2006. Os projetos do Cimas foram aprovados pelo Fundo Nacional do Meio Ambiente (FNMA), órgão do ministério, no final de 2004. Só nesse ano serão criados mais 10 centros.

"O Incra busca essas parcerias para construir nossas atividades e melhor atender ao desenvolvimento de nossos assentamentos. Houve uma proposta das próprias lideranças de trabalhadores para desenvolver esses centros", disse a coordenadora substituta de Projetos Especiais do Instituto, Vera Lúcia Martins Ramos. A proposta inicial, acrescentou, não está restrita aos assentamentos, mas essas famílias serão o público alvo do projeto.

Além de cursos de capacitação sobre temas relacionados a conservação genética de sementes e animais, os participantes aprenderão sobre o funcionamento de pequenas agroindústrias, dentre outros temas. "Sem o resgate do aprendizado dessas técnicas, perde-se a nossa biodiversidade", lembra a coordenadora.

De acordo com o gerente de Projetos do Ministério do Meio Ambiente, Luiz Carlos Balewicz, cerca de 15 mil famílias serão beneficiadas de forma indireta. Os centros, acrescenta, auxiliarão a conscientizar sobre a importância de preservar florestas, por exemplo.