Identificação digital também será instrumento de promoção da cidadania

24/09/2004 - 19h57

Marina Domingos
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Para o diretor do o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), Sérgio Rosa, a identificação digital que está sendo implantada pelo Ministério da Educação (MEC) vai auxiliar não só no controle da freqüência escolar, mas também como instrumento de promoção da cidadania, uma vez que ao detectar a ausência do aluno em sala-de-aula, o mecanismo poderá estar sendo usado por órgãos como o Conselho Tutelar, que têm o dever de garantindo os direitos da criança e do adolescente, ajudando a fiscalizar se os pais estão mantendo as crianças na escola.

"Nossa intenção não é só acompanhar a freqüência, mas é identificar todos esses alunos, dando-lhes, inclusive cidadania", argumentou Sérgio.

Ele lembra que nesta etapa, o Serpro está recolhendo sugestões por parte de empresas do ramo para aperfeiçoar o edital de licitação que tem a data de divulgação marcada para o início de janeiro. Até o dia 30 de setembro, essas empresas poderão enviar sugestões de como o sistema pode ser construído a partir do modelo já estabelecido pelo Serpro. "Estamos chamando a indústria para avaliar a nossa solução", disse.

A expectativa é de que o sistema, que vai custar cerca de R$ 140 milhões, chegue a 70% das escolas públicas até o final de 2005. "O controle absoluto da freqüência, que vai permitir a utilização de meios tecnologicamente avançados através de cartão magnético e de impressão digital, é um processo que começa no ano que vem, já abrangendo 60% a 70% das escolas", informou o ministro da Educação, Tarso Genro.