Pedro Malavolta
Repórter da Agência Brasil
São Paulo, 27/8/2004 (Agência Brasil - ABr) - O ministro do Trabalho e Emprego, Ricardo Berzoini, disxorda das centrais sindicais nas críticas à Nova Lei de Falências, já aprovada no Senado. "Não tenho essa avaliação de que a lei é totalmente inadequada. Acredito que se aumentar o valor que deve ser obrigatoriamente repassado para os trabalhadores (da empresa falida), alguns sindicatos não vão ser tão contra", disse ele, durante visita a unidade do Rio Pequeno do Centro de Atendimento ao Trabalhador (Ceat)/Centro Brasil Trabalho (CBT).
O Ceat/CBT, na zona oeste da capital, promove essa intermediação profissional e é ligado às cúrias de São Paulo e Santo Amaro. "Acredito que é necessário encontrar um equilíbrio entre uma lei inadequada, que prejudica a economia aumentando o custo do crédito, e o direito dos trabalhadores. Seria realmente errado um trabalhador não receber os seus direitos, porque ultrapassaram um determinado valor, que é baixo", concluiu o ministro.
Questionado pelos jornalistas se governo iria mudar o projeto de lei, o Berzoini respondeu que "quem pode mudar é a Câmara". A nova lei de falências altera a ordem dos credores que devem ter prioridadre no pagamento de dívidas de empresas falidas. Atualmente, só depois de todos os direitos trabalhistas terem sido pagos é que são ressarcidas as empresas credoras.