Brasília, 25/8/2004 (Agência Brasil - ABr) - Gerar emprego e renda na forma de organizações que trabalham de forma igualitária é a base da economia solidária. Para incentivar a criação de associações e cooperativas, o governo está desenvolvendo políticas por meio da Secretária de Economia Solidária. Mas, para o secretário de Economia Solidária Paul Singer, falta uma legislação que facilite o financiamento destas organizações.
O diretor da área de Inclusão Social do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Márcio de Castro, também defendeu a criação de uma legislação própria para a economia solidária. "A realidade é que a economia solidária está órfã de legislação. É preciso criar no país uma legislação que permita o financiamento do sistema pelas instituições financeiras", destacou.
Apesar das dificuldades de financiamento, o BNDeS financia algumas cooperativas. Para solicitar o financiamento do Banco, Márcio explicou que o cooperado pode entrar na página (www.bndes.gov.br) para enviar uma proposta de financiamento. Aí, o BNDES vai avaliar a viabilidade da cooperativa. "Esse é o primeiro passo", explica.
O gerente da Unidade de Acesso do Serviço Financeiro do Sebrae do Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae), Carlos Alberto dos Santos, disse que o órgão tem um lógica de investir pelo menos 60% de todos os recursos em atividades coletivas e pequenas empresas. "As pequenas empresas acabam se juntando em associações e aí passam a fazer parte da cooperativa solidária".