Senadores não votam pauta do segundo dia do esforço concentrado

25/08/2004 - 20h28

Gabriela Guerreiro
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O Senado encerrou o segundo dia do esforço concentrado sem votar os itens da pauta definida pelos líderes partidários. Um acordo firmado na tarde de hoje por todas as lideranças para votar a Lei de Informática e a Medida Provisória que libera R$ 32 milhões para estados prejudicados por enchentes fracassou. Os senadores marcaram para amanhã uma nova tentativa de colocar as matérias em votação.

Para o líder do PFL no Senado, José Agripino (RN), as votações não ocorreram por falta de disposição do governo em negociar questões como o depoimento no Congresso dos presidentes do Banco Central, Henrique Meirelles, e do Banco do Brasil, Cássio Casseb, além do projeto de lei que cria o Conselho Federal de Jornalismo. "Nós não fazemos a vigilância, a cobrança, por prazer. Mas por dever, obrigação, por zelo para aqueles que nos nomearam para a oposição", disse Agripino.

Na avaliação da líder do PT no Senado, Ideli Salvatti (SC), o adiamento das votações não esta relacionado a debates políticos firmados com a oposição. "A questão de hoje não passa em nada por essas questões polêmicas dentro do Senado. Nós tínhamos acertado com todos os líderes a votação. Aí percebemos que tinha havido um grande movimento feito pelos governadores para que não votássemos a Lei de Informática tendo em vista controvérsias que poderiam causar problemas entre Zona Franca e estados", revelou.

Amanhã, a ordem do dia do Senado prevê a votação da MP das enchentes, da MP que inclui os cientistas e pesquisadores entre os beneficiários de isenções de impostos na importação de máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos destinados à pesquisa, além da Lei de Informática.

Os senadores já decidiram deixar para o próximo esforço concentrado, em setembro, a votação da Lei de Biossegurança e o projeto que cria a Parceria Público Privada (PPP).