Gabriela Guerreiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A Câmara dos Deputados e o Senado encerraram o segundo esforço concentrado do mês sem conseguir aprovar as matérias consideradas prioritárias pelo Executivo. O Senado aprovou na manhã de hoje duas Medidas Provisórias que estavam trancando a pauta de votações. A primeira libera R$ 32 milhões em créditos extraordinários para o Ministério da Integração Nacional, e a outra autoriza auxílio emergencial o para atendimento à população atingida por desastres. Já a Câmara aprovou, na noite de terça-feira, somente uma Medida Provisória, que concedeu benefícios fiscais na aquisição de produtos para pesquisa.
No final da tarde de hoje, os parlamentares tentaram realizar sessão do Congresso Nacional para votar o reajuste de 10% aos militares. Por falta de quórum, a sessão foi cancelada e a medida deve ser votada no esforço concentrado de setembro.
A oposição considerou o esforço concentrado um fracasso, enquanto os líderes governistas acreditam que houve avanços em questões como a Lei de Informática e a Parceria Público-Privada (PPP). "As negociações cresceram em temas importantes para o governo. Não foi um fracasso", disse o líder do Governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP).
Mas o presidente da Câmara, deputado João Paulo Cunha, admitiu que os resultados do esforço concentrado deixaram a desejar. "Assim como fiz balanço positivo, essa semana faço balanço negativo. Nós votamos pouca coisa", disse. Segundo o deputado, o clima político de disputa entre o governo e a oposição contribuiu para impedir as votações. "Quando você tem um clima político mais tranquilo as coisas andam mais rapidamente. Espero que com a chegada da primavera, dia 21, o mês de setembro já incorpore um clima mais ameno e as pessoas entendam que é importante votar as coisas para o Brasil melhorar", disse.
O próximo esforço concentrado do Congresso está marcado para os dias 13 a 17 de setembro.