Brasília, 14/8/2004 (Agência Brasil - ABr) - A criação de uma lei que garanta seguridade social e proteção aos produtores da economia solidária é uma das reivindicações dos cerca de 2,3 mil participantes do 1º Encontro Nacional de Empreendimento de Economia Solidária, que se realiza até amanhã (15), em Brasília.
A promoção é do Fórum Brasileiro de Economia Solidária, com o apoio dos ministérios do Trabalho, do Desenvolvimento Agrário, e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, além do Banco do Brasil.
Hoje, no segundo dia de debates, os trabalhadores discutiram formas de solucionar problemas que dificultam o desenvolvimento da atividade, como a falta de crédito. Outro entrave é a dificuldade que os integrantes de cooperativas e associações enfrentam para conseguir espaços para comercializar produtos. Segundo a integrante da comissão organizadora do encontro Sandra Magalhães, uma das alternativas é a construção de centros públicos de economia solidária nas capitais e em grandes cidades.
"Não importa para a gente ter os nossos produtos numa lojinha de um shopping, como uma coisa exótica. Nós queremos um espaço onde se possa comercializar o que produzimos e capacitar os empreendimentos, tanto do ponto de vista da qualidade como dos princípios da economia solidária". Para Sandra, um dos principais avanços no setor foi a criação, durante o governo Lula, da Secretaria Nacional de Economia Solidária, no âmbito do Ministério do Emprego.
A secretária adjunta de Economia Solidária, Sônia Kruppa, afirmou que o governo federal trabalha no sentido de fortalecer a economia solidária. "Há que se mexer em muitos aspectos para a gente poder dar conta disso que é uma nova proposta de economia e de sociedade, que partem do princípio da inclusão e não da exclusão", destacou.
"Menos da metade da População Economicamente Ativa está com carteira assinada neste país. A outra metade está morrendo? Não, está lutando para sobreviver e é desse grande segmento que falamos", acrescentou.