Paula Menna Barreto
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A mesma juíza que havia acatado o pedido da Polícia Federal e do Ministério Público para a realização de uma busca de possíveis provas na sede da Caixa Econômica Federal hoje determinou no fim da tarde a restituição imediata ao banco de discos rígidos dos computadores apreeendidos. A operação conjunta realizada pela manhã, segundo a PF, destinava-se à busca e a apreensão de documentos e equipamentos referentes a investigação do Caso Waldomiro.
O mandado de busca e apreensão foi concedido pela juíza Maria de Fátima Paula Pessoa Costa, da 10ª Vara da Justiça Federal de Brasília, a pedido do procurador do Ministério Público Federal José Robalinho Cavalcanti e da Polícia Federal, informou hoje a PF. A operação foi chefiada pelo delegado Antônio César Nunes, que preside as investigações do Caso Waldomiro. Waldomiro Diniz, ex-assessor da Casa Civil, é acusado de tentar favorecer a multinacional de origem americana G-Tech na renovação de seu contrato de prestação de serviços para as loterias da Caixa.
Em nota divulgada hoje, no fim da tarde, a Caixa afirma que a Polícia Federal excedeu na busca e apreensão e, retirou, além dos limites do mandado, informações sigilosas contidas nas agendas e arquivos eletrônicos apreendidos nas diretorias. Essa foi a justificativa para o banco pedir o retorno do material. "O objeto da busca e apreensão é limitado a determinados equipamentos e, inclusive, a certo período temporal (ano 2003), não se estendendo aos discos rígidos de memória de computadores utilizados na empresa pública", afirmou a juíza em sua decisão.
Segundo a Polícia Federal, as diligências na Caixa foram em cumprimento à decisão da 10ª Vara. Mas, tão logo a PF receba a decisão judicial para restituir os discos rígidos de alguns computadores, vai atender a determinação. Entretanto, ainda de acordo com a PF, o delegado Antônio César Nunes, que chefiou a operação de hoje e preside as investigações do Caso Waldomiro, ainda deve entrar em contato com a juíza para identificar qual teria sido o excesso da Polícia Federal.
A busca foi feita em salas da presidência, vice-presidência e diretorias da Caixa. Foram apreendidos documentos referentes ao contrato entre a Caixa Econômica e a G-Tech referentes ao ano de 2003.