Brasília, 19/07/2004 (Agência Brasil - ABr) - O ministro do Planejamento, Guido Mantega, classificou como fofoca as notícias divulgadas em revistas semanais de que ele teria entrado em choque com os comandantes militares ao discutir o reajuste salarial na semana passada. Os militares receberão reajuste de 10% a partir de setembro, segundo ficou acordado em reunião em que estavam presentes Mantega, os comandantes das três forças e o ministro da Defesa, José Viegas.
"O impacto na folha é grande, até gostaríamos de dar um reajuste maior, mas chegamos a esse percentual. Poderia até ser de 5%, já agora nos meses de junho ou julho", disse o ministro. Mantega garantiu que não houve nenhum mal-estar na reunião e que tudo foi discutido dentro das possibilidades econômico-financeiras do governo. "A questão era ou mais equipamento e menos salário, ou menos equipamento e mais salário", explicou.
O ministro revelou que em determinado momento, um dos comandantes relatou que o orçamento familiar dos militares era insuficiente para cobrir as despesas e isso gerou uma dúvida. "Perguntei se no orçamento estava computada a receita da esposa, se ela não trabalhava e eles me explicarem que em determinadas circunstâncias era difícil para a mulher do militar trabalhar em função dos deslocamentos", contou Mantega.
O ministro também foi enfático ao negar que houvesse qualquer pedido para que ele saísse do governo.