Brasília, 18/6/2004 (Agência Brasil - ABr) - O plenário da Câmara começa a discutir na próxima terça-feira a Medida Provisória do Salário Mínimo, alterada ontem pelo Senado. A confirmação é do presidente da Casa, deputado João Paulo Cunha(PT-SP). Ele informou que a Câmara terá que alterar o calendário de votações até o dia 8 de julho acertado com os líderes. "Nós tínhamos um calendário, que implicava a votação de vários projetos importantes para o Brasil, mas com a rejeição da MP no Senado, vamos alterar o calendário", explicou.

De acordo com João Paulo, quem está envolvido na articulação política para aprovar o salário mínimo de R$ 260 terá que ficar negociando e telefonando no final de semana. Ele informou que vai enviar telegrama a todos os deputados convocando para a votação. "São João não vai atrapalhar, ele é um santo bom", disse, ao rebater a tradição histórica de que não se vota nada na Câmara durante a semana dos festejos juninos. Nessa época a bancada nordestina fica em seus estados para as festas de São João.

Sobre as possíveis dificuldades que a Câmara terá para derrubar o valor de R$ 275 aprovado pelo Senado, João Paulo disse que quando a Câmara aprovou os R$ 260, ela tinha também os R$ 275. "Ela fez uma opção pelos R$ 260, diante das condições que foram apresentadas ao conjunto dos deputados. Eu imagino que a Câmara tende a reafirmar essa posição. A minha impressão é essa. Mas eu errei recentemente e posso errar de novo", observou.