Brasília, 8/6/2004 (Agência Brasil - ABr) - O novo Plano Agrícola para a safra 2004/005 está em fase de acerto final entre técnicos dos Ministérios da Agricultura e da Fazenda e será divulgado no dia 17 com os resultados de uma reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN), que definirá valores em dinheiro e os custos com juros.
A informação foi dada no início da noite de hoje por Ivan Wedekim, secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura. De acordo com ele, a perspectivas são de ampliações de linhas de créditos para custeio e investimentos. Wedekim não quis adiantar o montante a ser liberado, "em função de ainda estarmos em negociações". Admitiu no entanto que será um "volume considerável, mas sem criar pressões no Tesouro Nacional". Quanto aos juros, ele também garantiu que a posição do ministério é de que sejam acessíveis e, "de uma forma geral se mantenham em 8,75% ao ano".
Para não pressionar o Tesouro, o secretário Wedekim diz que o governo buscará alternativas. Ele lembra que o crédito rural já é mantido pelos depósitos a vista nos bancos, poupança do Banco do Brasil, Fundo de Amparo ao Trabalhador, pelo BNDES, fundos constitucionais e Pronaf. Além disso, a partir de setembro os bancos cooperativos vão poder operar com poupança rural.
No ano passado o Plano Safra 2003/004 recebeu R$ 32,5 bilhões. Agora, Wedekim estima que serão plantados mais três milhões de hectares, que só pela extensão devem precisar de mais R$ 3 bilhões. Ele destaca, no entanto, que "esta coma não é tão simples assim e o resultado em dinheiro poderá ser maior", completa mantendo o mistério.