Porto Alegre, 1/5/2004 (Agência Brasil - ABr) - Cerca de 10 mil pessoas do Brasil e do Uruguai participam de comemorações conjuntas no Dia Internacional do Trabalho, promovidas pela Coordenadoria da Centrais Sindicais do Cone Sul (CCSCS), entre Santana do Livramento e a cidade uruguaia de Rivera, na fronteira oeste do Rio Grande do Sul. O ato que celebra o 1º de maio no estado deve reunir, até o início da noite, trabalhadores de seis países (Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai). Segundo o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) no estado, Quintino Severo, os protestos no Brasil são contra o novo valor do salário mínimo e em toda a América Latina contra a Alca (Área de Livre Comércio das Américas) e a favor do fortalecimento do Mercosul (Mercado Comum do Sul).
No sul do estado, cerca de quatro mil trabalhadores participaram de atos públicos promovidos pela Força Sindical em Charqueada, Parobé e Pelotas. Segundo o presidente da Força no estado, Cláudio Guimarães, as manifestações do 1º de maio têm como foco a ampliação do emprego e do salário mínimo. Ele disse que o mínimo anunciado pelo governo federal significa referência para baixo na definição dos pisos regionais e para a iniciativa privada.
Na capital gaúcha, a arquidiocese promoveu hoje a primeira romaria Nossa Senhora do Trabalho que reuniu mais de duas mil pessoas no santuário da padroeira dos trabalhadores. O arcebispo metropolitano de Porto Alegre, Dom Dadeus Grings, presidiu a missa e realizou bençãos de carteiras de trabalho. Ele manifestou preocupação com a falta de trabalho em vários países.