São Paulo, 1/5/2004 (Agência Brasil - ABr) - A Polícia Militar estima que 1,2 milhão de pessoas tenham comparecido às comemorações pelo Dia do Trabalho da Força Sindical, na zona norte, contra 850 mil na Avenida Paulista, região central da cidade, no evento promovido pela Central Única dos Trabalhadores (CUT). A Força promoveu sorteios de carros e apartamentos, além de shows musicais, com artistas como Leonardo, Agnaldo Timóteo e o grupo É O Tchan.
O presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva (Paulinho), disse que a manifestação serve para que a central possa mostrar suas bandeiras de luta, cujo lema deste ano é "Mais Empregos e Mais Salários". Ele afirmou que os sindicalistas vão cobrar mudanças na política econômica, redução da jornada de trabalho e geração de empregos.
No evento da CUT, que reuniu artistas como Fat Family, Jota Quest e Djavan, o ministro José Dirceu, chefe da Casa Civil, disse que o novo valor do salário mínimo não é o ideal, mas o possível porque está vinculado à Previdência, que tem um déficit de R$ 30 bilhões.
O ministro da Cultura, Gilberto Gil, lembrou que a questão do mínimo é difícil de ser solucionada e agradar a todos e que deve levar em conta, além da Previdência e dos governos estaduais e municipais, as donas de casa e as necessidades dos trabalhadores.
O presidente da CUT, Luiz Marinho, disse que é preciso planejar, ao longo do tempo, a recuperação do salário mínimo, incluindo o reajuste no orçamento da União.
Para o presidente nacional do PT, José Genoíno, o desafio de gerar empregos é mais prioritário para o governo do que o aumento do salário mínimo. Segundo ele, o salário mínimo faz parte de uma política maior de distribuição de renda.