Daniel Lima
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A comissão de sindicância da Presidência da República que apura denúncias contra o ex-assessor da Casa Civil Waldomiro Diniz, acusado de ter pedido propina para financiar as campanhas políticas de Benedita da Silva (PT) e Rosinha Garotinho (PMDB) , no Rio, e de Geraldo Magela (PT), em Brasília, pode concluir os trabalhos nesta segunda-feira. As informações são do Ministério de Coordenação Política e Relações Institucionais.
Depois das primeiras denúncias, Waldomiro também passou a ser acusado de tentar forçar a contratação de Rogério Buratti, por um valor que inicialmente oscilava entre R$ 15 milhões e R$ 20 milhões, como condição para a renovação do contrato entre a Gtech e a Caixa Econômica Federal.
O caso veio à tona depois que dirigentes da multinacional do ramo de loterias prestaram depoimentos à Polícia Federal. A Gtech conseguiu renovar o contrato sem contratar Buratti.
Rogério Buratti foi ex-secretário da prefeitura de Ribeirão Preto (SP), na época em que o atual ministro da Fazenda, Antonio Palocci, era prefeito e terminou sendo demitido por Palocci em 1994 por suspeitas de intermediação na distribuição de obras públicas. Em nota, Buratti negou conhecer Waldomiro Diniz.
Se não concluir o relatório, a comissão pode pedir mais um mês de prazo. O ministro da Coordenação Política, Aldo Rebelo, já havia informado que o prazo legal para a comissão era de 30 dias, mas que poderia ser prorrogado.