Porto Alegre, 21/3/2004 (Agência Brasil - ABr) - O governo do Rio Grande do Sul fez um apelo aos servidores da segurança pública para que evitem a greve e a operação padrão marcadas para começar à meia-noite de hoje. Em nota oficial, o Executivo pediu que os servidores públicos entendam que o momento é de diálogo e de unidade para enfrentar a crise financeira do Estado. Mas as lideranças de policiais civis e militares, de técnicos do Instituto Geral de Perícias (IGP) e da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) asseguram que as categorias não desistirão da mobilização.
A greve começará pelo fechamento da Área Judiciária da Polícia Civil, e prevê piquetes para evitar o registro de ocorrências nas Delegacias de Polícia. A presidente do sindicato da categoria, Adélia Porto, estima que no primeiro dia da paralisação haverá cerca de 70% de adesões; inclusive no interior do estado. Ela disse que os policiais gaúchos vêm tentando negociar reajustes salariais desde o ano passado.
O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Nelson Pafiadache da Rocha, disse que respeita as reivindicações dos subordinados, mas reiterou que devem ser observados os limites legais do protesto. Os praças prometem abandonar, nos pátios dos quartéis, as viaturas que apresentem problemas, e os servidores do sistema penitenciário ameaçam suspender o ingresso de visitas de presos e abandonar o controle dos presídios gaúchos.