Angélica Gramático
Repórter da Agência Brasil
Rio - O delegado da 19ª Delegacia de Polícia (Tijuca), Orlando Zaccone, informou hoje que o laudo balístico comprovou que o tiro que matou a estudante Gabriela do Prado Ribeiro, em março do ano passado, na estação de São Francisco Xavier, do metrô carioca, saiu da arma do policial Luiz Carlos Carvalho, que no dia do crime estava de folga e tentou impedir o assalto à bilheteria da estação.
Segundo o delegado, a arma do crime, calibre ponto 40, foi recuperada no fim do ano passado numa operação da Delegacia de Cargas. Ele disse que "novo inquérito vai apurar as circunstâncias da morte da estudante e verificar se o policial, quando atirou, agiu em legítima defesa". A polícia precisa saber se o tiro que matou Gabriela foi disparado enquanto a arma estava com o policial, já que ele foi rendido e teve sua arma roubada pelos ladrões -- comentou.
Orlando Zaccone acha possível que o tiro que atingiu a estudante tenha sido dado quando a arma já estava em mãos dos bandidos, mas isso precisa ser apurado. No momento do assalto, além de Carvalho, outro policial que estava no local reagiu e também teve sua arma levada pelos bandidos.
No próximo dia 25, quinta-feira, o crime completa um ano.
Os assaltantes envolvidos -- Luiz Augusto Castro de Souza, Luiz Carlos Ferreira da Silva, Rafael Gomes e Paulo Magalhães da Silva -- foram presos e julgados pelo juiz Roberto Rocha, da 35ª Vara Criminal. Mais um envolvido, Carlos Eduardo Soares Ramalho, aguarda julgamento.