Lúcia Nórcio
Repórter da Agência Brasil
Curitiba - A família de Sérgio Santos da Silva, 29 anos, paranaense de São Tomé, afirma que um teste de DNA feito nos restos da roupa que ele usava no momento da explosão do trem no atentado em Madri, na Espanha, não deixa dúvidas de que o corpo localizado no IML da cidade, por uma amiga, é mesmo do pedreiro. Segundo a sogra de Sérgio, Isabel Lourenço Alves, há seis meses ele pediu demissão da empresa em que trabalhava, onde recebia um salário de R$ 350 por mês e, junto com três amigos, foi para a Espanha. Lá, tornou-se mestre de obras e recebia atualmente o equivalente a R$ 2.500 mensais.
A sogra disse que um dos trens explodido era a condução que ele usava diariamente para ir para o trabalho. Na quinta-feira, dia do atentado, conta ela, Sérgio não chegou à empresa. O patrão e os amigos ficaram preocupados e começaram as buscas. Somente ontem a noite é que encontraram o corpo no IML. Sergio deixa viúva Sara Alves da Silva, 21 anos, além de um filho de 4 anos. Segundo a sogra, a mulher de Sérgio não pretendia ir para Madri, porque já estava certo que ele voltaria para o Brasil no próximo mês de setembro.
Isabel disse que um amigo de Sérgio está cuidando do traslado do corpo, ainda sem data para acontecer. De acordo com ela, ninguém da Embaixada do Brasil ou de algum outro órgão oficial entrou em contato ainda com a família.