Rosamélia de Abreu
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Para os amigos de Sérgio dos Santos Silva, 29, que também moram em Madri, não existe dúvida de que ele morreu em um dos atentados terroristas contra estações de trem na capital espanhola. A família dele conta que, há seis meses, o paranaense, natural de São Tomé, pediu demissão da empresa em que trabalhava na cidade e rumou para a Espanha, de onde voltaria até setembro.
Segundo a brasileira Ediene Magalhães Correia, vizinha de Sérgio em Madri, a polícia espanhola entregou a José Aparecido Magalhães Correa, irmão dela e amigo de Sérgio, a carteira do paranaense. O objeto foi encontrado junto a um dos corpos das vítimas do ataque na estação ferroviária de Atocha (uma das atingidas pelas explosões na última quinta-feira). Ediene conta que Sérgio usava essa linha todas os dias para se deslocar do bairro Bomgosto, onde morava, nas redondezas de Madri, até o assentamento de Parquet, onde trabalhava na construção civil. O trabalho de identificação do suposto corpo de Sérgio deve ser concluído ainda hoje pela polícia espanhola, juntamente com outros 38 corpos.
Ainda segundo Ediene, que falou à Agência Brasil por telefone, na tarde de hoje, não houve identificação do corpo de Sérgio por parte dos amigos. A embaixada brasileira explicou que a polícia pediu uma escova de dentes do paranaense para realizar um exame de DNA. Só a partir do resultado desse exame haverá confirmação oficial sobre a identidade dos corpos encontrados no vagão.