Da redação
Brasília - Por causa dos recentes ataques a organismos de ajuda e observação internacional, o Comitê Internacional da Cruz Vermelha decidiu tirar seu acampamento temporariamente de Bagdá e da cidade de Basra, no Iraque, sob o argumento de que a organização não pode dar segurança aos funcionários. A campanha de terror contra os organismos internacionais começou em agosto, quando 17 pessoas morreram na explosão de uma bomba detonada na sede das Nações Unidas, entre as vítimas estava o brasileiro Sérgio Vieira de Mello. Na própria Cruz Vermelha, no final de outubro, um ataque suicida matou 12 pessoas.
"Ainda estamos discutindo o que faremos com os nossos funcionários estrangeiros. A situação é extremamente perigosa e imprevisível", explicou o porta-voz da Cruz Vermelha, Florian Westphal, em Genebra. Antes do ataque, o organismo tinha 30 funcionários internacionais e 600 iraquianos em seu quadro de funcionários.
A decisão de retirada da Cruz Vermelha, que presta socorro médico às vítimas de conflitos em todo o mundo, aconteceu quase no mesmo momento em que o Exército americano confirmou que o seu helicóptero que caiu no Iraque, na sexta-feira, matando as seis pessoas a bordo, foi derrubado por armas disparadas em terra.
Neste sábado, outros dois soldados americanos foram mortos e um ficou ferido quando uma bomba foi detonada na estrada onde passava um grupamento militar das forças de ocupação. O acidente, em Fallujah, cidade a 50 quilômetros de Bagdá, eleva pra 154 o número de soldados americanos mortos em combate no Iraque, desde que Washington declarou o fim da guerra, em maio.
Com agências Internacionais