Brasília, 1/10/2003 (Agência Brasil - ABr) - O fim do voto impresso pelas urnas eletrônicas, usado somente nas eleições de 2002, foi aprovado há pouco pela Câmara dos Deputados e deverá ser sancionado até a próxima sexta-feira (3), um ano antes do pleito eleitoral de 2004. O projeto, de autoria do senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), prevê a substituição do voto impresso pelo registro digital. O senador argumentou que a implantação de sistema de impressão em todo o país iria gerar um alto custo porque o mecanismo teria que ser implantado em mais de 350 mil urnas eletrônicas que não dispõem do mecanismo.
Antes da votação da proposta, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Sepúlveda Pertence, se reuniu com o presidente da Câmara, deputado João Paulo Cunha, e com os líderes partidários para explicar a confiabilidade do sistema eletrônico de votação e informou que a implantação do sistema de impressão iria gerar um gasto em torno de R$ 350 milhões. Ele ressaltou as dificuldades geradas pelo voto impresso nas eleições de 2002, quando aumentaram as filas, os números de votos em branco e nulos e principalmente problemas na impressão, levando a adoção de votação em muitas sessões através das cédulas em papel.
Pertence informou ainda que nas 20 mil sessões que tiveram votos impresso em 2002, 30,2% tiveram que passar para voto em cédulas, contra 0,68% das urnas sem voto impresso.