Brasília, 2/9/2003 (Agência Brasil - ABr) - O ministro do Trabalho, Jaques Wagner, voltou a falar hoje da parceria fundamental entre o Ministério do Trabalho e o Ministério Público no combate à erradicação do trabalho escravo no Brasil. "Tenho certeza que essa parceria vai se intensificar porque é uma determinação do presidente da República que essa máfia seja apagada da história recente do Brasil", afirma Jaques Wagner. O ministro esteve na cerimônia de posse da nova procuradora-geral do trabalho, Sandra Simon, que fez um discurso com base na descentralização e na modernização.
"É importante que as diretrizes saiam da Procuradoria-Geral, mas que as procuradorias regionais tenham autonomia para verificar quais as prioridades e necessidades. No que diz respeito ao combate a todas as irregularidades trabalhistas, às cooperativas fraudulentas, ao trabalho escravo e infantil, que já são áreas onde já atuamos bastante, vamos continuar atuando até que essas práticas sejam, de vez, repelidas", declarou Sandra Simon.
Hoje é pequeno o número de auditores para cuidar da legislação trabalhista no país, inclusive do trabalho escravo, mas o ministro Jaques Wagner ressalta que não é só o processo de fiscalização que deve ser considerado, mas que as ações e punições aplicadas pela Justiça funcionam como exemplo desanimador para quem quer permanecer nessa prática.
"Não vamos conseguir fiscalizar tudo, mas tenho certeza que a ação de divulgação dessas investigações também contribui para desestimular o trabalho escravo. Não existe um cadastro de trabalho escravo por ser uma atividade ilegal, trabalhamos com base em denúncias. A medida que a punição for exemplar, outros não adentrarão nessa prática", acredita o ministro do trabalho.