PSDB critica governo Lula mas diz que se empenhará na agenda do crescimento

01/08/2003 - 20h40

Brasília, 1/8/2003 (Agência Brasil - ABr) - O PSDB, mesmo na oposição, se empenhará para que a agenda de crescimento seja adotada e sua implementação tenha êxito e jamais assumirá a postura negativa de torcer pelo fracasso do governo. A afirmação consta de nota do PSDB, que esá reunido no Rio.

O partido, de acordo com a nota, fará oposição responsável, assumindo posições em função dos reais interesses do país, "sem se deixar levar por bravatas eleitorais", Afirma ainda que "não abdicará de seu dever e direito de exercer a crítica e a cobrança do desempenho do governo. No Congresso atuará de forma democrática e construtiva, mostrando sua coerência e seus princípios. O PSDB não medirá esforços para impedir retrocessos nas conquistas alcançadas nos últimos anos e nem que o Brasil descarrilhe para rumos indesejáveis e lutará para que o futuro não seja vítima de um presente de omissões e incompetências.

Os tucanos criticaram o governo pela "dosagem excessiva na aplicação de instrumentos restritivos de política monetária". Afirmam também que a atual taxa de juros reais é a maior desde 1999, quando o país enfrentou crise cambial e que a opção por uma política monetária e fiscal equivocada, "além de frustar a promessa de retomada do desenvolvimento, jogou o país na trilha da recessão".

A nota enaltece a política social do governo Fernand Henrique Cardoso, e faz críticas às ações na área social do atual governo, enfatizando que "a orietação é desfazer o que existia, apenas porque foi feito por adversários políticos". Ressaltam ainda que "o equívoco adquire proporções maiores na medida que políticas adotadas por FHC vêm sendo substituídas por projetos de concepção ultrapassada, que restabelece a centralização da gestão e promove assistência sem pedir qualquer contrapartida".

Os tucanos afirmam as invasões de propriedade e a violência no campo e nas cidades comandadas por movimentos desafiam as instituições, enfraquecendo a autoridade e levando intranquilidade a todo país. Dizem que a sociedade sente-se alarmada pela declaração de guerra feita pelo líder do MST. E advertem que o atual clima de radicalização no meio rural tem a ver com o descumprimento da MP 2.183, que desestimula as invasões de terras.

A nota ressalta ainda que a questão fundamental é voltar a crescer e criar emprego, "o que só será possível com um novo projeto nacional de desenvolvimento". Lembram que a redução da taxa de juros é imprescindível, mas insuficiente para alcançar a recuperação econômica e a taxa de câmbio precisa ser suficiente para estimular o crescimento de setores produtivos modernos.