Brasília, 8/7/2003 (Agência Brasil - ABr) - O bispo dom Tomás Balduíno, presidente nacional da Comissão Pastoral da Terra (CPT), assumiu hoje o cargo de conselheiro da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação (CNE). Dom Tomás ocupa a vaga deixada no CNE pela ex-secretária de Educação de Goiás, Raquel Figueiredo Alessandri Teixeira, eleita deputada federal.
A escolha de dom Tomás Balduíno para membro do CNE foi feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Educação, Cristovam Buarque. "Será um aprendizado novo", disse dom Tomás, após sua posse, realizada na sede do CNE, em Brasília.
Na opinião do bispo, sua indicação simboliza a abertura do CNE para "este universo novo do campo, que ultimamente vem se fortalecendo como uma perspectiva sociopolítica". O chefe de gabinete do ministro Cristovam Buarque, Oswaldo Russo, explicou que a presença do bispo no CNE significa a preocupação do atual governo com os trabalhadores do campo. "A terra tem um simbolismo grande no Brasil, um país de herança colonial escravista". A seu ver, nada mais transformador do que a educação. "Qualquer mudança no campo deve estar acompanhada de uma revolução no processo educacional", comentou, lembrando que dom Tomás simboliza a educação popular.
Já o presidente do CNE, José Carlos Almeida, disse que o Conselho recebe dom Tomás com satisfação e alegria. "É uma pessoa com muita experiência acumulada e de vida." O conselheiro padre Kuno Paulo Rhode lembrou que dom Tomás não será apenas mais um colega, mas uma pessoa que soma força no trabalho da educação brasileira, com sabedoria. Outro conselheiro, Éfrem Maranhão, ressaltou a história e trajetória de dom Tomás e agradeceu o trabalho feito por Raquel Figueiredo.