Médico lamenta a morte das irmãs siamesas iranianas

08/07/2003 - 17h14

Brasília, 8/7/2003 (Agência Brasil - ABr/Lusa) - O neurocirurgião de Cingapura, Keith Goh, expressou nesta terça-feira a tristeza de todos os membros da sua equipa pela morte das irmãs siamesas iranianas, depois de uma operação de 52 horas realizada para as separar. "Estamos muito tristes, mas a vida é assim", disse o doutor Goh, visivelmente abalado, numa conferência de imprensa. As informações são da Agência Lusa.

Laleh e Ladan Bijani, 29 anos, morreram com uma hora e meia de intervalo. Os médicos conseguiram separar as siamesas, que estavam unidas pela cabeça, mas ambas perderam muito sangue e, apesar das várias transfusões, não sobreviveram às hemorragias.

O presidente-executivo do grupo de gestão do hospital Raffles, Loo Choon Yong, revelou que a equipe de 24 médicos e 100 funcionários de apoio chegou a ponderar desistir da operação antes de iniciar a separação dos cérebros das siamesas, devido às previsíveis complicações. Entretanto, os médicos decidiram continuar quando familiares e amigos das pacientes recordaram o voto expresso por Laleh e Ladan Bijani, de serem separadas "quaisquer que fossem as circunstâncias".