Indicadores da CNI confirmam desaceleração industrial

08/07/2003 - 16h48

Brasília, 8/7/2003 (Agência Brasil - ABr) - Os indicadores industriais de maio da Confederação Nacional da Indústria (CNI) confirmam a desaceleração do ritmo de produção em 2003. Segundo dados da CNI, o nível de utilização da capacidade instalada do setor produtivo alcançou 79,8%, contra 80,5% de maio de 2002. Aliás, o resultado de maio deste ano é o segundo pior desde janeiro do ano passado (79,9%). As vendas reais do setor apresentaram, também, queda de 0,36% em relação a maio de 2002, assim como os salários dos trabalhadores da indústria.

Segundo avaliação do setor produtivo, a queda do poder de compra dos trabalhadores da indústria chegou a 7,67% em maio, na comparação com o mesmo período do ano passado. "Não fossem as exportações e o agronegócio, os números seriam mais negativos", disse o coordenador da Unidade de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco.

Segundo ele, o crescimento na produção não foi tão forte quanto o esperado. "É um sinal de que as dificuldades chegaram ao mercado de trabalho". Para Castelo Branco, isso significa menos poder de compra do trabalhador e tendência de estagnação da economia. As exportações devem continuar a alavancar a economia neste ano, mas para crescer mais, é necessário a gente precisa estimular "a componente interna", disse Castelo Branco referindo-se a necessidade de investimentos em infra-estrutura e redução dos juros.