Gerente do BC acredita que leis reguladoras das cooperativas de crédito precisam mudar

08/07/2003 - 19h31

Rio, 8/7/2003 (Agência Brasil - ABr) - A legislação que regula as cooperativas de crédito precisa de alterações. A opinião é do analista da Gerência Técnica do Departamento de Organização do Sistema Financeiro do Banco Central, Adinaldo Luiz Martins. Durante o seminário "Criação de Cooperativas de Crédito-Crédito justo para o Desenvolvimento", na Associação Comercial do Rio de Janeiro, o economista disse acreditar que esteja chegando o limite da legislação. " É interessante que se faça alguma alteração para que ela seja mais atual e esteja representando também a demanda da sociedade."

Martins explicou que, quando a lei foi criada em 1971, havia pouco mais de 400 cooperativas no país e hoje são mais de 1500. O analista informou que o perfil das cooperativas mudou muito nesse período. Ele, no entanto, não apontou quais mudanças devem ser feitas. "É necessário que haja um estudo objetivando a atualização da norma."

Mesmo defendendo as mudanças, o economista afirmou que não estão ocorrendo grandes dificuldades de operação porque o Banco Central trabalha também com outro tipo de legislação. "Não diria que existem grandes gargalos. Nós trabalhamos não só com a lei de cooperativas de crédito, mas também com a lei que regulamenta o sistema financeiro nacional e ela nos dá margem para que não haja gargalos", esclareceu.

Segundo o analista do BC, a média de patrimônio das cooperativas de crédito no Brasil é de R$ 2 milhões, enquanto a média de empréstimos da entidade fica em torno de R$ 3 milhões.