Brasília, 23/5/2003 (Agência Brasil - ABr) - Os resultados dos dois últimos leilões de contrato de opção de milho realizados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) contribuíram para ajustar os preços no mercado e sustentar a renda do produtor, de acordo com avaliação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Nos leilões realizados no dia 16 de maio e hoje, o governo ofertou 800 mil toneladas e vendeu 778 mil toneladas. Esse volume faz parte de um bloco de 2,77 milhões de toneladas, das quais foram vendidas, desde o lançamento das opções, em março, 1,5 milhão de toneladas.
Nesses dois últimos volumes ofertados, o preço de exercício em Goiás e Mato Grosso do Sul foi de R$ 17,30 por saca. No Paraná, Minas Gerais e São Paulo, atingiu R$ 18,80, e no Mato Grosso, R$ 14,60, com vencimento em agosto. De acordo com a Secretaria de Política Agrícola, caso haja risco de queda adicional dos preços, há possibilidade de antecipar o exercício, com deságio de R$ 0,60 por saca.
Novos leilões também podem ser programados em função do comportamento do mercado. Para se ter uma idéia dos reflexos dos leilões, no Paraná, por exemplo, o mercado está operando hoje na faixa de R$ 17 a R$ 18 a saca. Em Goiás, o preço no mercado oscila entre R$ 16 a R$ 16,40 enquanto o governo está ofertando as opções a R$ 17,30.
O Ministério da Agricultura também antecipou os exercícios das opções de 70,4 mil toneladas para o Norte/Nordeste como forma de complementar o abastecimento. Novo leilão de repasse de 40 mil toneladas está programado para a região na próxima sexta-feira (30).
Na terça-feira (27), governo e setor privado vão analisar o novo cenário, durante reunião da Câmara Setorial do Milho, Sorgo, Aves e Suínos, que será realizada a partir da 13h, na sede do Ministério da Agricultura.