Brasília, 26/4/2003 (Agência Brasil - ABr) - O ministro Ricardo Berzoini deve se reunir na segunda-feira (28) com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para discutir os últimos detalhes da proposta de reforma da Previdência Social que será enviada na quarta-feira (30) ao Congresso Nacional. Em entrevista à Agência Brasil, o ministro adiantou que apresentará a redação final da proposta ao presidente durante a reunião, para que Lula decida se pretende ou não fazer alterações. Berzoini acrescentou que não existe qualquer ponto que crie polêmica no governo, mas cabe ao presidente da República a decisão final sobre que proposta de reforma da Previdência que pretende encaminhar ao Congresso. Ele informou que não está prevista para amanhã (27) qualquer reunião com o presidente a fim de discutir a questão.
Hoje, em São Paulo, o ministro confirmou que o projeto, praticamente finalizado, prevê a criação de um teto salarial de R$ 12.720,00 para o funcionalismo público, mesmo valor da remuneração de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). O teto valeria, também, para os funcionários públicos estaduais. Quanto às reações contrárias à reforma, Ricardo Berzoini disse que serão tratadas com tranquilidade. Ainda na segunda-feira, o ministro tem agendado um encontro com a bancada do PT no Espaço Cultural da Câmara dos Deputados, também para debater a proposta de reforma da Previdência.
Berzoini garantiu que o governo vai tratar a questão com todos os partidos da maneira mais tranqüila possível, como tem sido feito desde janeiro. Reconhecendo que a tramitação dessa reforma não é simples, o ministro enfatizou que trabalhará com tranqüilidade para alcançar os objetivos propostos pelo governo, destacando que a proposta é equilibrada, séria, justa e atende a uma situação que preocupa a todo o Brasil.
Berzoini acrescentou que as pessoas que conhecem o orçamento nacional sabem que a previdência do setor público é um problema grave que afeta a capacidade do país crescer, gerar empregos e investir em infra-estrutura. Na entrevista em São Paulo, onde visitou o Juizado Especial Previdenciário, o ministro disse que o governo vai divulgar, trimestralmente, a lista dos principais devedores do INSS.