Brasília, 26/3/2004 (Agência Brasil - ABr) - O Brasil deixou de ser jovem. Hoje, 15 milhões de pessoas têm mais de 60 anos de idade. Em 2025, o Brasil será o sexto país do mundo com o maior número de idosos. Serão 32 milhões, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), referentes ao ano 2000, registram quase 25 mil brasileiros com idade acima de 100 anos. Informação surpreendente para a coordenadora do Programa de Saúde do Idoso, do Ministério da Saúde, Neidil Espínola. "Esse número é inacreditável", comenta, ao confirmar os dados.
Por isso, envelhecimento passou a ser assunto sério. O Ministério da Saúde, por exemplo, gasta R$ 7 bilhões anualmente com a saúde do idoso. Na campanha de vacinação do ano passado, foram distribuídas 16 milhões de doses de vacinas contra a gripe. Um gasto de quase R$ 100 milhões só na compra das vacinas.
O Ministério da Saúde garante que já atende ou deve concluir, nos próximos meses, todos os pontos do Estatuto do Idoso. A coordenadora Neidil Espínola diz que duas questões são importantes: garantir atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) nas casas de idosos, mesmo nas que não têm convênio, e implantar a internação domiciliar também pelo SUS.
De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2025 serão dois bilhões de pessoas com mais de 60 anos em todo o mundo. "E 80% estarão vivendo em países em desenvolvimento, como o Brasil", diz a coordenadora. Segundo ela, o idoso tem impacto direto nas políticas sociais, como seguridade e saúde.
Em todo o mundo, e o Brasil não é exceção, as doenças cardiovasculares são as que mais causam a morte das pessoas acima de 60 anos. Em segundo lugar está o câncer, que atinge especialmente as pessoas idosas .
Ter hábitos saudáveis, não fumar e fazer exercícios regularmente são algumas recomendações feitas pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA) para prevenir essa e qualquer outra doença.
A coordenadora do Programa do Idoso afirma que a vacinação contra gripe também é importante. "Em abril, começa a sexta campanha de vacinação do idoso", lembra. Além das doses contra a gripe, o idoso poderá se prevenir contra tétano, difteria, febre amarela e pneumonia. A meta do governo é vacinar mais de 70% da população com mais de 60 anos.