Thaís Leitão
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A média anual do rendimento do trabalhador ocupado subiu 11,3% desde2003, o que representa um incremento de cerca de R$ 128,11. Somenteentre 2007 e 2008, a elevação no ganho médio foi de 3,4%. Apesar desseaumento “expressivo” do poder de compra da população ocupada, reveladopela Pesquisa Mensal de Emprego, divulgada hoje (22) pelo InstitutoBrasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os dados apontam queainda existem desigualdades entre os rendimentos segundo o gênero e acor da pele.De acordo com a pesquisa, as mulheres ganham cercade 71% do rendimento dos homens. Um quadro que, segundo o IBGE, não semodificou significativamente nos últimos cinco anos. Quando aanálise é realizada em função da cor da pele, a disparidade é aindamaior. Trabalhadores de cor preta ou parda ganham em média R$ 812,45,pouco mais da metade (50,8%) do rendimento recebido por trabalhadoresde cor branca (R$1.598,02). O economista do IBGE, WilliamKratochwill, destacou, no entanto, que essa situação vem sofrendoalterações ao longo dos últimos anos.“O rendimento dostrabalhadores de cor preta ou parda, em cinco anos, teve um acréscimode 17,7%, enquanto o dos trabalhadores de cor branca cresceu 12,2%.Isso mostra que aquela parcela da população está evoluindo em um ritmomais rápido, em termos de rendimento, do que o restante da população”,destacou.A PME faz uma radiografia da situação do mercado detrabalho nas regiões metropolitanas de Recife, Salvador, BeloHorizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre.