Carga tributária elevada é um freio no crescimento, afirma presidente da Abrasca

22/01/2009 - 19h40

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O presidente da AssociaçãoBrasileira das Companhias Abertas (Abrasca), Antonio Castro, dissehoje (22) que a elevada carga tributária brasileira “éum freio no crescimento”. Segundo ele, a redução dacarga tributária tem que ser a preocupaçãomaior. “É o que falta ao Brasil para crescer com maiscompetição”, disse.Para Antonio Castro, ocrescimento do investimento tenderia a ser favorecido se houvessemais disponibilidade de recursos para o setor privado,“principalmente quando a gente sabe que a parcela dos gastos dosetor público que vai para investimentos é muitopequena”.Segundo ele, a opiniãogeral é que o Brasil deveria ter mais de 20% do seu ProdutoInterno Bruto (PIB - soma das riquezas produzidas no país),absorvidos por investimentos.O presidente da Abrasca tambémfalou sobre a decisão do Comitê de PolíticaMonetária (Copom) que ontem (21) reduziu em um pontopercentual a taxa básica de juros Selic. “Deveria ser oinício de uma série de [reduções],porque a taxa real que a gente ainda está vendo ésuperior a 7%”. A tendência, segundo ele, é que osjuros reais atinjam um patamar não superior a 6%.Castro avaliou que a taxa Selic, quepassou de 13,75% ao ano para 12,75% ao ano, deverá ficar emtorno de 11% a 11,5% até o final de 2009. Ele afirmou queseria desejável que houvesse também reduçãodos spreads bancários (diferença entre os custosde captação das instituições financeirase taxa final cobrada para o tomador dos empréstimosbancários). “As taxas de empréstimos anunciadas, àexceção dos bancos oficiais, têm tido, narealidade, uma redução numa proporçãomenor”, disse.