Indústria de máquinas quer mais crédito e aponta mercado externo como “briga de foice”

22/01/2009 - 16h37

Luciana Lima
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Representantes do setorde máquinas e equipamentos têm uma visão céticadas possibilidades de investimentos no mercado externo, saídaapontada pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria eComércio Exterior, Miguel Jorge, para minimizar asdificuldades encontradas pelo setor devido aos constantes adiamentose cancelamentos de investimentos por parte das empresas brasileiras.“O cenário quevislumbramos no exterior é uma briga de foice por um mercadoem recessão”, destacou o vice-presidente da AssociaçãoBrasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos(Abimaq), Carlos Nogueira. Ele considerou que o mercado externo passapor problemas de retração semelhantes ao mercadobrasileiro. “É, sem dúvida,um mercado que devemos considerar, até porque temos umasituação crítica no Brasil. No entanto sabemosque as empresas multinacionais estão passando pordificuldades. As empresas sediadas no Brasil estão tendoinclusive que remeter dinheiro para suas matrizes”, considerou.Para Nogueira, a únicasolução para tentar salvar indústrias de máquinasbrasileiras seria a oferta maior de crédito. “Nãoadianta só baixar a taxa de juros. Os bancos precisamemprestar um volume de dinheiro maior”, destacou o empresário,que lembrou o caso concreto de uma empresa associada que, mesmoapresentando um faturamento de R$ 300 milhões, conseguiu juntoao Banco do Brasil a liberação de um empréstimono valor máximo de R$ 1 milhão. “O crédito nãoestá chegando e parece que o governo ainda não viu aurgência em achar a solução”, destacou Nogueira.