Ivan Richard
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic),Paulo Safady Simão, afirmou hoje (22) que se todas as medidas de apoioao setor forem tomadas pelo governo, o crescimento da construção civilem 2009 deve ser inferior ao de 2008, ficando em 5%.“Aconstrução civil vai crescer mais de 9% em 2008, e não acharia nadade mais se nós falarmos em 5%, em 2009, se todas essas medidas queestamos conversando com o governo, não só para a área imobiliária, como para a de infra-estrutura, forem tomadas. O setor tem fôlego para isso”,disse Simão ao sair da reunião de Conselho de Desenvolvimento EconômicoSocial (CDES) no Palácio do Planalto.“O país precisa demuita proteção e muita coisa está sendo estudada. O governo estáestudando desoneração tributária e uma série de propostas não só para osetor [da construção civil] , como em geral”, acrescentou Simão.Nareunião de hoje, o presidente da Cbic afirmou que o setor cobrou daReceita Federal a redução da burocracia para emissão da certidãonegativa de débito. “Isso está trazendo problemas para o país inteiro,está travando o mercado imobiliário, o de registros de incorporação, aliberação de financiamento. É tão sério que o governo editou uma medidaprovisória para que os bancos oficiais se livrem da certidão de débitopara poder funcionar.”O presidente da Cbic comemorou aredução da taxa básica de juros (Selic), anunciada ontem (21) peloBanco Central. Ele pediu que o intervalo das reuniões doConselho de Política Monetária (Copom) seja menor. “Achei que já estava maisdo que na hora de começar a reduzir. O sinal do Copom de reduzir 1ponto percentual é mais do que claro de que o ele não está maispreocupado com a inflação. Então, essa idéia de reduzir o prazo [dasreuniões] e de acelerar a redução da taxa de juros me parece absolutamente razoável”, argumentou.