Lobão anuncia aumento da importação de gás boliviano, mas diz que não houve recuo

09/01/2009 - 20h06

Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão,anunciou há pouco que o Brasil deve aumentar a importaçãode gás da Bolívia a partir de amanhã (10), com aentrada em operação das termelétricas deAraucária, no Paraná, e de Canoas, no Rio Grande doSul. A decisão contraria medida tomada de manhãquanto à redução do uso diário de gásnos limites atuais de 19 milhões de metros cúbicos pordia. Lobão disse que não houve recuo emrelação à decisão anterior. Segundo oministro, o que houve foi a constatação de uma novarealidade apresentada pelo presidente da Petrobras, JoséSergio Gabrielli, quanto à necessidade das duas termelétricasentrarem em funcionamento por causa da estiagem na Região Sul.Isso significa que haverá aumento de 19 milhões demetros cúbicos para algo em torno de 23 milhões a 24milhões de metros cúbicos diários.O Brasil tem com a Bolívia um acordo deconsumo diário de até 31 milhões de metroscúbicos de gás e se obriga a pagar pelo menos 80% desesvolume, usando-o, ou não. Como o consumo estava em torno de 19milhões, o Ministério de Minas e Energia acenou com apossibilidade de manter esse nível de uso, o que surpreendeu amissão boliviana que chegou hoje ao Brasil. A missão é chefiada pelo ministro doPlanejamento, Carlos Villegas, que alegou o fato de o governoboliviano não ter sido notificado sobre a reduçãodas importações pelo Brasil. Ao deixar o ministério,Villegas ressaltou a integração estratégicaentre Brasil e Bolívia na área energética edisse que tudo tinha ficado bem esclarecido.