Crise não atrapalha medidas implantadas pelo governo, diz Miguel Jorge

05/12/2008 - 16h43

Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - A crise financeirainternacional não está atrapalhando as medidas dogoverno, que foram adotadas justamente por causa dela. A afirmaçãofoi feita hoje (5) pelo ministro do Desenvolvimento, Indústriae Comércio Exterior, Miguel Jorge. Segundo ele, novas medidaspoderão ser tomadas conforme o andamento das que jáestão implantadas.O ministro disse que as demissões que vêmocorrendo em grandes empresas são um sinal de desaceleraçãoda economia. Ele ressaltou que as indústrias não estãotendo problemas com crédito porque o Banco Nacional deDesenvolvimento Econômico e Social (BNDES) está fazendograndes esforços e tem recebido novos recursos para o setor.“Devemos terminar o ano com R$ 90 bilhões em empréstimospara as indústrias.”Miguel Jorge evitou fazer previsões para oProduto Interno Bruto (PIB) no ano que vem, porque considera difícilestabelecer, neste momento, qualquer estimativa para 2009. “Devemosesperar um pouco mais antes de prevermos, porque neste final de anotemos o efeito da crise e o de redução de atividadeeconômica normal nos últimos meses do ano”, explicou. “Eu apostaria em algo mais próximo de 3%.”O ministro reforçou que o governo ainda nãopretende conversar com o setor automobilístico sobre possíveisdemissões e concessão de férias coletivas.Segundo ele, essa prática é comum no setor como formade se readequar a novos momentos econômicos. “O setor colocouna semana passada que não vê a possibilidade ounecessidade de fazer demissões no curto e médioprazos.”