Leandro Martins
Repórter da Rádio Nacional da Amazônia
Brasília - Cerca de 70% dos agresssos e das vítimas da violência em Belém está na faixa etária entre 18 e 24 anos. A maior parte dessas pessoas vive na periferia da capital do Pará. A informação consta do livro Crescimento, Pobreza e Violência em Belém, elaborado por três pesquisadores da Universidade Federal do Pará.De acordo com o professor Thomas Mitschein, um dos autores do livro, uma das causas da criminalidade juvenilse deve às condições de vida de 40% das crianças emBelém, cujas famílias têm renda mensal de meio salário mínimo: "Quando você vive a precariedade da favela e você tem acesso às imagensdos produtos, e você não tem acesso a isso, sobretudo entre os jovens,isso se transforma em violência".  Mitschein aponta formas de evitar a violência em Belém. "Investir na juventude, por meio de iniciativas de cultura, esporte, lazer e sobretudo em educação profissionalizante". O professor também nega que Belém seja a capital mais violenta do Nortee Nordeste do país. Segundo ele, os casos mais violentos, como assalto a mão armada ehomicídios, representam apenas 20% das ocorrênciasregistradas no município. E acrescenta que mais da metade dos crimessão banais, como ciúme, falta de pagamento de pensão alimentícia ebrigas entre amigos. O livro Crescimento, Pobreza e Violência em Belém está na segunda edição.Ele foi escrito em 2006 por Thomas Mitschein, Jadson Chaves e HenriqueMiranda, professores da Universidade Federal do Pará, e atualizado neste ano.