Wellton Máximo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A dívida pública federal em fevereiro registrou aumento de 2,60%, passando de R$ 1,311 trilhão para R$ 1,345 trilhão. Apesar da alta, o número está abaixo do limite mínimo estabelecida no Plano Anual de Financiamento (PAF), que é de R$ 1,48 trilhão para este ano.Segundo o Relatório Mensal da Dívida Pública Federal, divulgado hoje (26) pela Secretaria do Tesouro Nacional, o estoque da dívida mobiliária (em títulos) interna aumentou 3,17%, passando de R$ 1,204 trilhão para R$ 1,242 trilhão no último mês. Contribuíram para este resultado a apropriação (reconhecimento) de juros de R$ 10,9 bilhões e a emissão líquida (diferença entre o lançamento de títulos e os resgates) de R$ 27,3 bilhões.A dívida pública externa, no entanto, registrou queda de 3,88% em relação a janeiro, passando de R$ 107,38 bilhões para R$ 103,2 bilhões no último mês. De acordo com o relatório do Tesouro, a valorização do real diante das moedas internacionais e o pagamento de juros contribuíram para a diminuição da dívida do governo federal no exterior.O prazo médio da dívida ficou praticamente estável, passando de 40,25 meses em janeiro para 39,96 meses em fevereiro. O número, no entanto, também está abaixo do mínimo de 42 meses definido no PAF. O prazo da dívida mobiliária interna passou de 37,61 meses para 37,51 meses. Em relação à dívida externa, o prazo caiu de 69,86 meses em janeiro para 69,47 meses em fevereiro.Apesar de representar menos despesas para o Tesouro, o fato de o estoque da dívida pública estar abaixo do limite mínimo estabelecido no PAF indica que o governo não está conseguindo rolar a dívida como o inicialmente planejado. A queda no prazo médio significa que o governo tem de pagar num intervalo menor os títulos que emite para cobrir o déficit nominal – rombo nas contas públicas após o pagamento dos juros da dívida.