Sabrina Craide
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Dentro deseis meses, os motoristas que usam a BR-393, no trecho que vai dadivisa de Minas Gerais com o Rio de Janeiro até a entrada daBR-116 (Via Dutra), deverão pagar pedágio de R$ 2,94 emcada uma das três praças instaladas na rodovia. O contrato deconcessão para a empresa espanhola Acciona foi assinado hoje(26) pelo Ministério dos Transportes e pela AgênciaNacional de Transportes Terrestres (ANTT).
O diretorda Acciona no Brasil, Ricardo Rios, disse que o projeto éemblemático, por ser o primeiro de que a empresaparticipa sozinha no país. Ele também destacou a importânciada obra para o desenvolvimento do país: “Hoje a economia doBrasil está crescendo firmemente, apesar da crise mundial. Epara ser sustentável, ela precisa de infra-estrutura. Partedessa infra-estrutura são estradas, e essa estrada comunicaparte da economia do nordeste com o sudeste do Brasil.” Segundo Rios, nos seisprimeiros meses serão executadas obras emergenciais, alémda construção dos serviços de atendimento aousuário, remodelação dos postos da PolíciaRodoviária Federal, praças de pedágio e asinstalações da concessionária. Nos próximoscinco anos, serão executadas obras de melhoria e ampliaçãoda rodovia. Dos 200quilômetros de extensão do trecho concedido àAcciona, 30 quilômetros no trecho a partir de Volta Redonda (RJ) deverão ser duplicados, mas essa extensão poderá aumentar se houver necessidade: "O contrato tem obrasobrigatórias, como a duplicação do últimotrecho, mas também tem uma regra muito clara em relaçãoao nível do serviço. A rodovia deve comportar o tráfegoque tem: se não comportar mais, teremos que duplicar.” A Acciona seráresponsável pelo trecho durante 25 anos. Estãoprevistos investimentos de R$ 1,4 bilhão até o final daconcessão. Nos seis primeiros meses serão investidos R$25 milhões e nos cinco primeiros anos, R$ 350 milhões.A concessãoassinada hoje está entre ossete trechos de rodovias federais leiloados em outubrodo ano passado. Esse era o único trecho cujo contrato aindanão tinha sido assinado, por causa de uma açãopública movida por comunidades próximas àrodovia, que questionavam a localização das praçasde pedágio. Açõesjudiciais atrasaram o processo burocrático e fizeram com que oresultado desse trecho só fosse homologado no dia 23 dejaneiro, enquanto os outros seis trechos foram homologados em 12de dezembro de 2007. Mas, para Ricardo Rios, o atraso nãoatrapalhou o processo: “O atraso foi de 45 dias – em um contrato de25 anos, é irrelevante.”