Chávez manda tropas para fronteira com a Colômbia e fecha embaixada

02/03/2008 - 15h51

Julio Cruz Neto*
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Venezuela e Equador reagiram duramente à operação militar que resultou na morte do porta-voz e número 2 dasForças Armadas Revolucionáriasda Colômbia (Farc), Raúl Reyes, além de outros guerrilheiros. A operação do governo colombiano ocorreu ontem do lado equatoriano da fronteira, segundo o governo do Equador.O presidente de Venezuela, Hugo Chávez, ordenou o envio de tropas para a fronteira com a Colômbia e o fechamento da embaixada venezuelanaen Bogotá. Ele disse ter falado sobre o assunto com seu o presidente do Equador,Rafael Correa, que chamou de volta o embaixador FranciscoSuescum e acusou a Colômbia de violação de soberania.Correa disse que os militarescolombianos adentraram por dois quilômetros no território equatoriano e "massacraram" guerrilheiros enquanto dormiam. Ele enviou nota de protesto às autoridades da Colômbiae disse que "se acabaram os abusos e ultrajes do governocolombiano".Na manhã de sábado, o presidente da Colômbia, Alvaro Uribe, havia telefonado para Correa para comunicá-lo sobre a operação, que já havia ocorrido. Correa mandou suas tropas ao local e teve a comprovação de que as mortes ocorreram em território equatoriano (na província Sucumbíos). Correa, segundo o site do governo equatoriano, sustenta que "claramente seinvadiu o espaço aéreo equatoriano" (teria havido um bombardeio aéreo) e "certamente" osguerrilheiros "foram localizados con ajuda de tecnologia de ponta depotências estrangeiras e extrarregionais". O presidente disse também que os militares colombianos entraram no Equador para levar o cadáver de RaúlReyes e deixaram outros 15 corpos no local, "que nossas Forças Armadas encontraram, assim como duas guerrilheiras heridas".