Escola de Fábrica no Rio capacitará mais 500 neste semestre

28/02/2008 - 22h51

Fabíola Ortiz
Da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Cerca de 500 alunos vão receber capacitação profissional no estado, neste semestre, em 30 cursos diferentes, por meio do projeto Escola de Fábrica. O objetivo do programa federal, que existe desde 2005, é oferecer qualificação profissional a jovens de baixa renda. No estado, já foram preparadas cerca de mil pessoas.A Cidade do Samba, na zona portuária, abrigará dez cursos de qualificação de profissionais para a indústria do samba e do carnaval. Hoje (28) foi realizada a aula inaugural a 360 jovens de 16 a 24 anos, que durante seis meses participarão de oficinas de corte e costura, confecção de adereços e de indumentária, escultura, logística de barracão e marcenaria, entre outros.Segundo Célia Domingues, presidente da Associação de Mulheres Empreendedoras do Brasil (Amebras) – entidade parceira que há mais de dez anos qualifica o profissional para o carnaval –, os alunos vão entrar em contato com o mercado e a indústria do carnaval e garantir a oportunidade de um primeiro emprego."Hoje recebemos os alunos e os representantes das escolas de samba envolvidas, que são a Beija-Flor de Nilópolis e a Acadêmicos da Grande Rio", acrescentou. Ela explicou que "as oficinas diretamente ligadas ao carnaval são ministradas dentro da Cidade do Samba, na fábrica do samba, onde os alunos estarão entre os profissionais do carnaval e poderão fazer uma qualificação para o mercado".Também estão previstos cursos em áreas como turismo, design, construção civil, comércio, meio ambiente, saúde, turismo, informática e telecomunicações. No segundo semestre, a previsão é beneficiar mais 300 jovens de baixa renda, que recebem uma bolsa de R$ 150, auxílio para transporte, alimentação e material didático. Mais de R$ 1 milhão serão investidos nos cursos do Rio de Janeiro.Para o professor Luiz Edmundo Vargas, diretor do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) de Química de Nilópolis, o projeto "chega aonde a escola não chega, atende as comunidades carentes e regiões onde dificilmente os jovens ingressariam na educação profissional – é uma perspectiva de atender a uma camada historicamente marginalizada pelo poder público".A coordenadora do programa na Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação, Lizete Marques, destacou que "ao final de 2008, teremos um pouco mais de 30 mil alunos formados e atendidos pelo programa" e que o estado já formou "em torno de 3,5% de todos os alunos do Brasil".O investimento do ministério previsto para este ano no Escola de Fábrica é de R$ 26 milhões, beneficiando 10 mil alunos em 21 estados.