Marco Antônio Soalheiro
Enviado especial
Tailândia (PA) - Parte dos mais de 8 miltrabalhadores que atuam no setor madeireiro da região deTailândia ficará sem remuneração jáa partir do próximo mês. O alerta foi feito hoje (28) adeputados da Comissão de Meio Ambiente da AssembléiaLegislativa do Pará pelo presidente do Sindicato dosTrabalhadores na Indústria Madeireira, Movelaria e ConstruçãoCivil de Tailândia, Tomeaçu e Concórdia do Pará(Sitrimotoc), Francisco Chagas."Ninguém écontra a fiscalização, mas nossa preocupaçãoé que empresa nenhuma tem condições de pagar ossalários de fevereiro", disse Chagas. "Eles [ospatrões] nos chamaram para negociação, paraadiantar 40% do salário e nós ficarmos com licença semremuneração", acrescentou.Segundo Chagas, asmadeireiras de Tailândia empregavam, com carteira assinada,3.826 funcionários, e as carvoarias, 4.600. Para ele, aOperação Arco de Fogo, que combate a exploraçãoilegal de madeira na região, tem foco equivocado. "Antesde mandar fiscalização, o governo tinha que oferecersugestões e criar um outro caminho, porque a comunidade deTailândia vive quase que exclusivamente do uso de madeira",argumentou.O presidente doSitrimotoc pediu um esforço dos órgãos ambientais para agilizar processos pendentes deregularização das empresas do setor. "Seregularizarem a situação, vamos ter certeza de quepodemos continuar trabalhando e dando alimentação paraos nossos filhos", ressaltou.