Profissionais de saúde do Rio discutem ações para tratamento a vítimas de violência

28/02/2008 - 15h37

Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Os profissionais de saúde do estado do Rio de Janeiro conhecem hoje (28) estratégias de prevenção e de tratamento destinadas a vítimas de violência - pessoas que sofreram agressões ou acidentes de trânsito - aplicadas na Região Sudeste. A apresentação das iniciativas faz parte de um seminário com o objetivo de diminuir o número de internações e os gastos no setor. De acordo com o Conselho Nacional de Secretário de Saúde (Conass), gastos com vítimas da violência chegam a R$ 4 bilhões por ano.De acordo com o secretário de saúde do estado, Sérgio Côrtes, a população fluminense sofre “agudamente” com a questão. “Não só com a violência da marginalidade, mas com a violência do trânsito, doméstica e as agressões envolvendo o consumo de álcool.” Para resolver o problema, a proposta do seminário é promover a integração de políticas públicas em várias áreas como educação, emprego, moradia e segurança, e não apenas, o aumento da repressão. Para o secretário de segurança do Rio, José Mariano Beltrame, é preciso mapear as áreas de risco e dar ênfase à troca de informações entre diversos setores. “Temos áreas que são notadamente mais violentas que outras.”“No Complexo do Alemão, por exemplo, temos pessoas de uma quarta geração, que estão no mundo do crime”, disse. “Vamos pegar as informações que temos junto com a secretaria de saúde e tirar um produto disso.” As propostas para prevenir os impactos da violência na saúde no Sudeste serão apresentadas a profissionais de todo o país no fim de março. Na ocasião, um fórum debaterá o assunto em nível nacional. A idéia é orientar a criação de uma política nacional.