Movimentos sociais debatem projeto de transposição durante conferência na Bahia

26/02/2008 - 18h57

Priscila Galvão
Da Agência Brasil
Brasília - Até amanhã (27), 250 representantes de movimentos sociais participam, na cidade de Sobradinho (BA), da Conferência dos Povos do São Francisco e do Semi-Árido. De acordo com a representante do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) Derli Casali, o objetivo da conferência, que começou ontem (25), é fazer um estudopara aprofundar a questão que envolve o semi-árido e a importância da água, principalmente, naregião onde será realizada a transposição do Rio São Francisco. 

Segundo ela, a programação conta com debates que analisam o contexto atual do semi-árido e a necessidade do projeto de transposição do rio. O evento também abrirá espaço para que indígenas, quilombolas e pescadores possam expor suas realidades.Ela ressalta que a questão da água esteve presente desde o início das discussões. “Foi feito um pouco essa leitura econômica social, ambiental e procuraram saber como está hoje a questão da água no mundo, a produção, a importância das lutas em defesa dos biomas”, afirma.Segundo a Comissão Pastoral da Terra (CPT) o encontro é uma iniciativade representantes de movimentos sociais que acompanharam a luta e ojejum do bispo de Barra (BA), dom Luiz Flávio Cappio, pelo fim datransposição do Rio São Francisco.