Cristina Kirchner diz que oferta de energia na Argentina vai crescer 11% este ano

26/02/2008 - 17h23

Ana Luiza Zenker*
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, afirmou hoje (26) que a oferta de energia no país vai crescer este ano 11%. Ela também defendeu a entrada da Venezuela no Mercado Comum do Sul (Mercosul), pela importância que o país tem na “eqüação energética” da região.Ao falar na sede do governo durante o ato de abertura dos envelopes para a ampliação da rede de desaguamento do Rio Matanza, Cristina destacou o acréscimo à oferta energética do país de “2,5 mil megawatts, o que significa uma expansão de 11% da oferta de geração de eletricidade em relação ao ano passado”, junto com um incremento de 8% na oferta de gás.Cristina sublinhou em várias oportunidades que a reunião com os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e da Bolívia, Evo Morales, no sábado (23), “teve por objeto e conseguiu a formação de um grupo coordenador para administrar racionalmente a troca energética que é feita na região”.No que diz respeito à relação com o governo de Hugo Chávez, a chefe de Estado enfatizou que “necessitamos da Venezuela na eqüação energética latino-americana, para que o crescimento seja sustentável” e que a insistência na incorporação desse país ao Mercosul “é pura racionalidade em funcionamento energético”.“A boa notícia é que estamos crescendo economicamente e por isso a demanda energética e a geração de energia se torna algo estratégico para sustentar o crescimento que certamente vai redundar em benefício de todos os nossos povos”, afirmou Cristina. “Se trata de um sistema interconectado, intercambiável, que exige três princípios básicos na sua administração: racionalidade, solidariedade e investimentos”, destacou.Ela confirmou que o grupo coordenador “de mais alto nível” integrado pelos três ministros da área energética de Argentina, Brasil e Bolívia vão se reunir em La Paz nos primeiros dias de março.Cristina destacou a “participação dos três presidentes, porque a administração desta integração energética também requer uma visão que não seja somente dos técnicos ou dos empresários”. Além disso, esclareceu que dos 2,5 mil megawatts que serão incorporados este ano, “280 correspondem ao Programa Energia Plus”, impulsionado pelo governo.Cristina disse que esse programa não surge de uma casualidade. “Não é um grupo de empresários que de repente, acuados pela falta de energia e de planejamento, decidem investir”, mas é resultado da “resolução 1.281/5 do Ministério de Planejamento da república Argentina”. “É parte do planejamento feito entre o Estado e entes privados para articular o círculo virtuoso da economia”, ressaltou.