Conscientização contra desmatamento inclui empresas e vai além do Pará, diz Ana Júlia

26/02/2008 - 15h37

Morillo Carvalho
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A governadora do Pará,Ana Júlia Carepa, disse hoje (26) à AgênciaBrasil que a meta da Operação Arco de Fogo,encabeçada pela Polícia Federal em parceria com outrosórgãos dos governos federal e estadual, éconscientizar aqueles que trabalham na atividade de exploraçãode madeira de que a atividade econômica não podecolaborar para a destruição do meio ambiente. E essa tarefa, acrescentou, estende-se às outras regiões e àsempresas que usam a matéria-prima.Ana Júlia estava nomunicípio de Tailândia (PA), a 248 quilômetros deBelém, onde concedeu entrevista coletiva com a PolíciaFederal para falar sobre outra operação, a Guardiõesda Amazônia, que resultou na apreensão de 13,5 milmetros cúbicos de madeira ilegal.“Éimportante essa conscientização, não sóno nosso estado, mas no Brasil, porque foi apreendida madeira vindade Tailândia no Rio de Janeiro. Então, por exemplo, asempresas da construção civil da regiãocentro-sul do país utilizam madeira do estado do Pará.É preciso que elas exijam o certificado da origem dessamadeira porque, aí sim, elas contribuirão com odesenvolvimento sustentável da região”, comentou.A agovernadora afirmou, ainda, que asmadeireiras que insistirem em trabalhar de forma ilegal terãoas portas fechadas: “Aqueles que não quiserem entrar nalegalidade não vão ter condições detrabalhar”.Já para o secretárioestadual do Meio Ambiente, Valmir Ortega, fechar empresas nãoé o foco da operação. “O desejo nosso énão fechar nenhuma empresa, mas se elas estiverem operando nailegalidade, com certeza, terão bloqueada a sua atividadeeconômica”, disse.Ortega completou que, em paralelo àoperação – uma vez que a OperaçãoGuardiões da Amazônia, segundo as autoridades, passaagora a integrar a Arco de Fogo –, está sendo feito ummutirão com os técnicos da secretaria para regularizaras madeireiras ilegais que quiserem a mudança.“Vamosagilizar os processos de licenciamento e liberação delicença de operação, de plano de manejo, aquelesque cumpram os requisitos legais, justamente para que, ao mesmotempo, a gente combata a ilegalidade e que, para aquelas empresas queestão buscando trabalhar na legalidade, o estado seja capaz dedar uma resposta ágil”, afirmou.